terça-feira, 25 de setembro de 2012

Língua e Liberdade - Celso Pedro Luft


Buenas gente!


Um livro diferente. Mais um encontrado graças ao fruto de minha curiosidade. rsrsrs
Seria uma resenha, no entanto foge um pouco à temática padrão, então não chamemos de resenha, mas um "palavreando com o leitor". ^^

Sim, o nome é familiar, não é engano seu. Ele foi o autor do Minidicionário Luft, mas sua obra "Língua e Liberdade" não trata de regras de gramática, trata da forma como nosso língua deveria  ser ensinada.


Editora: L&PM
Autor: Celso Pedro Luft
Nº de Páginas: 112
ISBN: 85-254-0029-7

Sinopse: 
Esclarecendo o conceito de gramática, o autor propõe uma profunda mudança no sistema de ensino, no que concerne à prática da língua.



O livro é uma coletânea de artigos jornalísticos, de entrevistas com escritores e demais opiniões que  salientam a mesma crítica "a forma de ensino de nossa língua materna está equivocada."

Antes de tudo Luft acrescenta "Spencer afirmava ser a gramática a última coisa que se devia ensinar [Grifo meu], porque é uma filosofia do idioma e um menino não aprende a língua materna pela definição do adjetivo, substantivo, pronome, como não aprendemos a respirar estudando gravuras de pulmões".

Além de detalhar meios de como nosso sistema de educação poderia melhorar e apontar os mecanismos falhos no sistema atual, Luft também leva o leitor aos caminhos de sua paixão, discutindo com o leitor, nas suas opiniões.
Veja bem, ele é mestre em Letras e está falando que a educação dessa língua materna, da forma como foi abordada até hoje, teórica e movida a conhecimento de regras, é equivocado. Isso faz pensar que talvez esteja certo, afinal, ninguém lê a gramática quando criança, no entanto, lá estamos nós, falando antes dos 2 anos de idade as primeiras palavras.

Luft deixa claro, o principal é comunicar, e dá claros exemplos neste trecho:

"Talento [...] não tem nada a ver com Gramática." Pode-se conhecer muitas regras, saber a línga mais culta, formalizada, e não ser um artista da língua, não conseguir "surpreender, iluminar, divertir, comover", não passar do trivial.... Raros os grandes escritores familiarizados com as regras de Gramática.

Lembre, em momento algum ele desconsidera a gramática como desimportante, apenas descreve a maneira errada como é imposta a todos.

Observação: Por que, quando assistimos vários filmes num idioma estrangeiro com legendas em português, com o tempo, vai se tornando simples, e a medida, o que antes era rápido demais, tornasse entendível. Vamos aprendendo na prática, não na teoria gramatical dos verbos e substantivos.

Luft enfatiza isto, já logramos falar nossa língua, já a aprendemos de forma a nos comunicarmos, e isso é o primordial, poder COMUNICAR-SE.
O sistema educacional vem oprimindo o jovem a desenvolver-se, pois lhe dá regras que não entende. Ao invés de ser incentivado a ter maior conhecimento, como leituras, prática da criação de textos e etc.

O ensino de qualquer teoria gramatical, tradicional ou moderna, com termos oficiais ou não, consome naturalmente largas fatias de tempo, prejuízo irrecuperável para professores e alunos: um tempo precioso, que devia ser ganho na prática da língua, é malbaratado em definições e classificações discutíveis, análises canhestras e superadas, exercícios gramaticais sem objetivo e etc.

Quem lê (leitor assíduo) me diga se aprendeu a escrever lendo gramáticas?
Ou a vocês foi como para mim, o contato com os livros, palavras diversas, frases e diálogos de personagens marcantes e etc., acabou por conhecer um vocabulário riquíssimo, e agora consegue desenvolver textos com, no mínimo, certa facilidade e sem erros gritantes?

É a prova!
A prática e o contato ensinam muito mais que a leitura direta de uma gramática. Agora, não discuto, ler a gramática é importante, leio e gosto de saber o que é correto, porque nossa língua é linda!

E fico por aqui, minha opinião e espera a de vocês! ^^

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